APIFARMA contra venda em unidose
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A APIFARMA está contra a venda de medicamentos em unidose defendida pelo CDS-PP e que vai ser discutida esta quarta-feira no Parlamento. Os centristas consideram que esta medida seria muito positiva para o Estado, mas também para o consumidor. ( 07:58 / 23 de Janeiro 08 )
O presidente da APIFARMA está contra a proposta do CDS-PP relativa à venda de medicamentos em unidose, que será discutida esta quarta-feira no Parlamento e que vai ser chumbada pela maioria socialista (???). Almeida Lopes considera «irreflectida» e «desajustada no tempo» a proposta dos centristas, tendo o líder da APIFARMA recordado que o modelo apenas é aplicado no Reino Unido.«Neste momento, a unidose não existe país nenhum na Europa, à excepção do Reino Unido, onde pensa-se que virá a ser progressivamente abandonada», explicou o líder da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica. Almeida Lopes adiantou ainda que a maior parte do mercado dos medicamentos refere-se a situações em que o paciente tem de tomar fármacos para o resto da vida, o que, na opinião deste responsável, torna indiferente a utilização da unidose. O líder da APIFARMA também não consegue entender como foi possível o CDS-PP chegar à conclusão que a utilização da unidose fará com que o Estado poupa cem milhões de euros ao ano. «Não sei se as contas estão erradas. Não conseguimos descortinar como é possível avançar uma conclusão tão espectacular», afirmou Almeida Lopes, que discorda do facto de haver desperdício de medicamentos. Almeida Lopes entende que o problema do desperdício não se põe no caso das doenças crónicas e que mesmo para o caso das doenças de curta duração, uma vez que o tamanho das embalagens não é desajustado. Citada pela agência Lusa, a APIFARMA entende ainda que a unidose «poderia acarretar um perigo para a saúde pública» (???), já que não estão acauteladas as «condições exigíveis de qualidade e segurança».
Por seu lado, a deputada Teresa Caeiro entende que a unidose seria não só boa para o Estado, pois este apenas «comparticiparia os medicamentos que são consumidos e necessários», mas também para o consumidor. «Poupamos nós, porque a esmagadora maioria dos medicamentos não tem uma comparticipação total e também nós não vamos estar a comprar caixas com medicamentos de que não vamos precisar», acrescentou. Por estas razões, a parlamentar não compreende como ainda não se avançou com esta medida que insistiu permitir ao Estado poupar cem milhões de euros por ano e que não é penalizadora para os consumidores. PSD, PCP e Bloco de Esquerda concordam com o projecto de resolução dos centristas, contudo o Governo só se compromete a aplicar o modelo nas farmácias hospitalares de venda ao público (???).
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Este país, às vezes, não faz sentido....
1 comentário:
Não concordo com a unidose, no entanto fico parva com os exemplos dados nos noticiários. Uma Sra. comprou Omeprazol que lhe tinha sido prescrito. Na receita constava 1 emb e era para tomar durante 1 semana se não estou em erro (não quero mentir). Ora então porque lhe venderam uma embalagem de 60 unidades (como ela mostrou) e não de 14?
E depois dizem que o médico prescreveu um medicamento com muitas unidades. NÃO, NÃO PRESCREVEU, a farmácia é que lhe impingiu aquele e ela nem se deu ao trabalho de perguntar se existiam embalagens com número inferior de unidades.
Poderiam dar exemplos que não fossem para burros...
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