quarta-feira, 10 de junho de 2009

Xinfrim

Anda para aí um xinfrim quanto a eleições, e a uma pseudo-mudança de poder que se adivinha no país. Não me interpretem mal, não sou Socialista, não acredito em putativos benefícios quanto a poderes intervencionistas do estado na economia, nem na bondade potencial de todos os Homens, que alguns creem ser-lhes inerente. Também não acredito em religiões nem noutras cousas meta-reais. Acredito no mérito, na sua discriminação positiva, num sistema economicamente liberal e socialmente autoritário, na desigualdade entre todos os homens e mulheres. Perguntar-me-ão agora: afinal acredita ou não no Pai Natal? Bem sei, que não faz sentido.... Voltando ao tema simples do post, que isto estava a começar a ficar complicado: mas que mudança? Só se for a alternância do costume! Ou seja, voltam daqui a pouco aqueles que, e todos os conhecemos bem, no governo, no parlamento e em todas as chefias das diferentes instituições públicas, hospitais incluídos, saíram dos seus postos há 4 anos por troca com os que se encontram lá agora. E dos quais ninguém gostava, e todos se queixavam.... Mudança? Mas em que país é que esta gente vive? A minha vida, à medida que os anos passam, cada vez mais se parece com um disco riscado....

VMER's e Emergência Pré-Hospitalar

Essencial no atendimento às Urgências em qualquer país civilizado, a nossa rede (INEM) pecou por tardia, numa cobertura razoável do território nacional. Para os leigos que vêm ler para aqui, trata-se de uma série de procedimentos protocolados que diferentes profissionais, médicos, enfermeiros e outros técnicos de saúde, são treinados a efectuar conforme quadros sindromáticos bem definidos. Do tipo, paragem cárdio-respiratória: SAV; bradicardia: xxx; enfarte agudo do miocárdio: yyy, e por aí fora. Os diferentes profissionais executam-nos com igual eficácia, e duvido da necessidade da presença médica nessas unidades móveis, sobretudo num país (ainda?) carenciado destes licenciados, e com o desemprego que grassa noutras classes (como a dos enfermeiros). São basicamente rotinas, onde o raciocínio até é, parece-me, globalmente contra-producente (o objectivo final é colocar o doente emergente numa Unidade Hospitalar depressa, com suporte vital básico "pelo caminho"). Mas enfim, já é crucial existir, com esta rede actualmente bem satisfatória, e funcionar devidamente, bem articulado com as Unidades de Saúde. Foi uma das coisas boas que o euro2004 nos deixou ficar, para os mais distraídos.