Antes do mais, os maluquinhos defensores (mais ou menos conscientes) que alguém no mundo tem a obrigação moral de sustentar os nosso vícios e desvarios, façam o favor de mudar desde já de blogue, o que se segue não vos vai fazer qualquer sentido.
Estamos, os restantes, perfeitamente de acordo que não podemos gastar mais do que aquilo que produzimos. Que se temos 5, não podemos gastar 10 (nem 8, nem 5,5...). Que se pedimos 10 com 10% de juros anuais a 10 anos, teremos nessa altura que ter pago 20.
E por aí fora. Coisas de matemática, de "deve e haver"....
O problema, o vosso e o meu, é que não sabemos se quem nos (des)governa sabe fazer contas. Ou se se regem por estes princípios. E quem nos governa, nesta nossa sociedade em que o Estado chama a si mais de metade dos rendimentos dos seus cidadãos para os "investir" no que bem entende, trata da riqueza do país, e dos seus cidadãos, sendo isso que está em jogo. E o seu futuro, e o dos seus filhos.
Nas mãos portanto de alguns eleitos, sabe-se lá bem com que critérios, com que enganos, com que intenções, com que responsabilizações pelos seus actos.
Mesmo acreditando que agora se vão passar a fazer as contas, preocupa-nos se o que produzimos, e podemos gastar, "chega". Já sabemos que não chega concerteza para gastarmos o que gastávamos dantes (o que tínhamos e não tínhamos). Mas será que chega para vivermos com a mesma qualidade? Se racionalizarmos, se gastarmos melhor, com critério, se nos esforçarmos, será que tem que se notar que gastamos menos (aquilo que temos), e já não o que pedíamos e nunca teríamos?
Eu acredito que se pode começar a gastar bem o pouco que temos. Escolhendo os melhores para gerir, que por sua vez se rodearão com os melhores, e assim sucessivamente.
E acredito que isso se pode fazer de duas maneiras: privatizando e contratualizando com os privados, por um lado. Despartidarizando por outro, nomeadamente toda a gestão do que não é "privatizável", e que terá que se manter nas mãos deste Estado que nos habituou a ser mau gestor, gastador, mentiroso e desavergonhado. Qual Sheriff de Nottingham.
Mas também responsabilizando, penalizando e perseguindo gestões danosas. Valorizando o mérito. Desburocratizando.
Cabe a cada um de nós zelar para que se vão dando os passos, por tímidos que sejam, nessa direcção moralizadora, nos tempos vindouros, contra os aparelhistas e chupistas de sempre (já não xuxalistas, mas outros tal e quais, ligados ao novo (des)governo, e que estão a esta hora na calha, a alinharem-se para os apetecidos tachos que vão vagar).
Caso contrário, seremos definitivamente um povo sem alma, de um país sem futuro para oferecer aos nosso filhos.
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