-Manter direcções de Hospitais e Serviços ao sabor dos desvarios do partido no poder;
-Manter financiamentos baseados em determinados actos avulsos e mal medidos, por forma a que os Hospitais-Empresa mantenham por objectivo maximizar os mesmos, sem se preocuparem em apresentar boas soluções integradas para a Saúde dos habitantes que servem, com as particularidades de cada local;
-Manter valorizações profissionais baseadas em pseudo-"carreiras";
-Manter esta cultura de tomada (ou não-tomada) de decisões, sem responsabilização subsequente dos (desejavelmente) responsáveis pelas suas consequências;
-Manter esta política do medicamento, em que o Infarmed se desreponsabiliza não negociando com os laboratórios, deixando na mão dos profissionais se escolhem esta ou aquela marca de um mesmo princípio activo;
-Manter esta política do medicamento, em que o Infarmed se desreponsabiliza mantendo a comparticipação de vários placebos;
-Manter essa ausência de política de aquisição de materiais, em que cada qual compra o que bem entende de forma totalmente desintegrada da realidade dos outros hospitais/centros de saúde;
-Manter essa aposta na hiper-especialização sem sentido de áreas não-técnicas em saúde, criando quintas e lobbys escusados, encalhando procedimentos, e complicando a descentralização onde não seria necessário "complicar";
-Manter essa teimosia na não-centralização de áreas técnicas (ou algumas do conhecimento) muito específicas, que não precisavam de ter uma chafarica de 2ª categoria em cada canto do país;
-Manter essa política de saúde centrada na reacção acrítica aos meios de comunicação social, que nos põe a falar de gripes desta ou daquela letra do abecedário e de pepinos, gastando sem sentido preciosos recursos (entre os quais a paciência de muitos), quando existem muitas problemáticas sérias à espera de serem abordadas de forma integrada (como por exemplo o problema ANUAL da gripe sazonal!), e que levariam a que não fosse preciso essa cosmética pacóvia em que nos empenhamos de cada vez que surge uma notícia mais ou menos alarmante neste ou naquele pasquim;
-Manter a total ausência de discussão entre entidades reguladoras e profissionais de saúde (pelo menos) sobre a morte e o que a rodeia (e/ou deveria passar a rodear), sobre decisões de final de vida, sobre viabilidade, individualidade, eutanásia, distanásia, suicídio assistido, etc....
Entre tantas outras coisas. Assim de cabeça lembrei-me destas. A rever....
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