A propósito de compressas (esquecidas), apraz-me dizer, num maljeitoso trocadilho, que com pressa não há bom trabalho que aguente, pelo menos a prazo.
Geraram-se, nesse hiato de mais de uma dezena de anos desde o sucedido, mecanismos de não se esquecerem compressas dentro das barrigas dos doentes, por pressa ou outra razão qualquer, até porque a estatística teimava em assinalar que não se tratava de situação de excepção (ainda que rara), com a agravante da importante morbilidade que acarreta.
Sem mais delongas sobre o caso, que não tem muito que se lhe comente, queria pôr antes uma tónica na política de "Com Pressa" que reina no sector.
Pressa, em fazer muitas consultas em pouco tempo. Pressa, em atender muitos doentes nas Urgências, com menos pessoal e menos Centros de Saúde a montante. Pressa, por se tratarem pessoas doentes ou potencialmente doentes como números.
A pressa é rentável.
Mal compensada com mecanismos que assegurem qualidade, dá aso a erros. Estatisticamente insignificantes.
Como as Compressas.
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