segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
Isto Sim, Chateia-Me!
De acordo com o Jornal de Negócios, o Governo não vai apresentar a lista de cargos de direcção da Administração Pública que não caem de cada vez que há mudanças no poder político.
Ao contrário do anunciado em 2005, o Executivo de José Sócrates, decidiu que não vai alargar a lista dos responsáveis públicos que devem manter-se no cargo mesmo que o Governo mude.
Na prática, isso significa que a maioria das chefias vai continuar a depender das alternâncias do poder político, comprometendo-se um dos objectivos traçados pelo Governo nos primeiros meses do seu mandato: a despolitização das chefias.
Sendo este um dos principais entraves à estabilização e aperfeiçoamento de uma Administração Pública excessivamente comprometida em conluios e favores políticos estranhos à sua missão, é sintomática esta inflexão nas promessas do Governo. Na verdade a anunciada reforma da função pública começa a sobressair como uma mera acção de cosmética, com os serviços e funcionários a serem utilizados como bodes-expiatórios de incompetências e malfeitorias diversas, mas sem que haja uma efectiva vontade de mudança.
A começar pela urgente clarificação da perniciosa promiscuidade entre cargos técnicos e cargos políticos.
in Jornal de Negócios
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