O Sr. em causa, presença notada em Lisboa e arredores por razões estéticas, terá aparentemente encontrado solução para o seu problema no Reino Unido, onde um cirurgião se propõe operá-lo através de uma técnica inovadora e pouco sangrante.
Isso é particularmente relevante, já que o doente terá recusado soluções propostas cá no burgo com argumentos religiosos, nomeadamente o de não querer ser transfundido.
Ora então qual é o problema?
O maior julgo ter a ver com uma certa forma de ego ferido, por se tratar "lá fora" um doente "de cá". Pormenor ridículo, já que cá, como se vê, propôs-se solução que foi recusada. Por outro lado, os avanços tecnológicos são isso mesmo: avanços tecnológicos. Por definição não estão generalizados, e não devia envergonhar ninguém que por cá ainda não se efectuasse a técnica em causa. O que seria preocupante é se não houvesse estímulos ou meios para cá também se praticarem "avanços tecnológicos", ou pelo menos para aderir a evoluções consumadamente eficazes, mas isso é outra história....
Nesta moeda e olhando para a outra face, há ainda alguns patetas que julgam isto como um fiasco do SNS. Pelos motivos invocados, este caso resulta-lhes num mau exemplo.
Depois há a questão do financiamento. Deve o Estado financiar uma Intervenção deste tipo, extra-muros, só porque alguém não se quer sujeitar a uma (boa) alternativa existente entre nós? Entramos agora em conceitos Político-religiosos, e cada qual terá a sua opinião.
O que eu realmente gostava de saber é se, ao ser proposta em Portugal uma solução Cirúrgica potencialmente letal por exsanguinação, se deixou ao doente o direito de arriscar a sua vida nessa solução.
Se sim, não vejo mesmo qualquer problema nesta história toda.
Se não, discordo da atitude. Paternalista. Mas sobre isso já por cá se falou muito....
Sem comentários:
Enviar um comentário