Repórter do Le Monde (R): En juin, l'Organisation mondiale de la santé (OMS) élevait son niveau d'alerte à la pandémie de grippe de la phase 5 à la phase 6, entraînant une certaine fébrilité politico-médiatique à travers le monde. Quatre mois plus tard, faut-il toujours craindre la grippe H1N1 ?
Bruno Toussaint (BT: editor de revista médica): Au printemps, il y a eu une forte inquiétude sur l'éventuelle épidémie, voire la pandémie de grippe H1N1. C'était légitime. Il est parfaitement normal que les autorités sanitaires se préoccupent de l'hypothèse d'une situation grave, cela fait partie de leur métier. Manifestement, on voit aujourd'hui que cette grippe n'a pas de gravité particulière. Elle est au niveau des épidémies de grippe saisonnière, peut-être un peu plus intense que la moyenne, mais rien d'extraordinaire. On peut concevoir que si un tiers du pays est alité avec de la fièvre, cela désorganisera sérieusement la société. Si les autorités avaient exprimé plus clairement qu'il s'agissait moins d'éviter des problèmes sanitaires qu'une panne économique du pays, la perception de cette grippe eut été différente. Il faut rappeler que la grippe, c'est un arrêt de travail de quelques jours et puis c'est tout.hypothèses et préviennent des situations potentiellement graves. Mais une fois que l'on constate que c'est une épidémie sans gravité particulière, pourquoi maintenir des mesures très exceptionnelles ? Il y a là un décalage qui n'est pas compréhensible.
(R): Cette grippe n'est donc pas si grave...
(BT) : (...) Nous avons maintenant plusieurs mois de recul, dans plusieurs pays. Pour la plupart des personnes atteintes, la gravité est celle d'une grippe saisonnière ou un peu plus intense. Il demeure un doute pour les femmes enceintes, (...).
Ou seja, e de uma vez por todas, para os mais cépticos: é gripe. Trata-se como uma gripe, inspira os cuidados de uma gripe, e traz as chatices que sempre trouxeram as gripes....
1 comentário:
accaonasaude.blogspot.com
EDITORIAL
As eleições já eram. Expressamo-nos no voto conforme a apreciação que fazemos da nossa situação em particular e do país em geral. Antes e durante a ida as urnas discutiram-se largamente propostas, partidos, candidatos e deu-se largas ao descontentamento, mas a discussão e reivindicação dos termos em que trabalhamos, do que ganhamos e das carreiras que devemos ter, parece ter ficado em águas de bacalhau. De facto, salvo a honrosa excepção dos técnicos de saúde, os sindicatos dos demais profissionais de saúde concederam ao Ministério a dita "trégua eleitoral". O governo muda na aparência, mas será que muda a sua política para a saúde e que podemos todos ficar descansados a pensar que o próximo executivo nos dará tréguas a nós?
A situação não e tranquilizadora. No caso dos médicos, os sindicatos recuaram e aceitaram a semana de 40 horas, num acordo que ainda não foi reconhecido por algumas EPE's. No caso dos enfermeiros, não está salvaguardada a possibilidade de todos acederem ao topo da carreira, de 1000 profissionais terem perspectivas de ver a sua situação precária regularizada e de outros 1600 verem abrir o concurso que lhes havia sido prometido. Em ambos os casos, de toda a negociação com o Ministério falta ainda discutir grelhas salariais, mais concursos e avaliação de desempenho no caso dos médicos e regime de transições no caso dos enfermeiros. Destes, são cada vez mais os que exigem que se convoque uma greve por tempo indeterminado.
As reivindicações são em muitos casos comuns, tal como os locais de trabalho também o são. Será portanto muitíssimo proveitosa a união dos diferentes profissionais de saúde quando se trata de avançar para formas de luta. E necessário que os diferentes sindicatos discutam entre si para as concertarem. E necessário que seja dada voz a todos os profissionais nestes processos. Já foi dito neste boletim e não é de mais repeti-lo, é preciso que as direcções sindicais organizem plenários de base, democráticos e participados, onde todos possam ser ouvidos.
Á primeira vista pode até parecer que de um governo sem maioria absoluta, a imposição de condições prejudiciais para os profissionais não aconteça com tanta facilidade. Não podemos no entanto esquecer, que o governo de maioria relativa em questão, conta com uma direita igualmente ou ainda mais predadora de direitos laborais, com a qual pode muito bem acordar pontualmente políticas que nos atacarão sem dó nem piedade.
Com Ana Jorge ou sem ela, não devemos baixar a guarda! Exigindo maior espaço de participação sindical, decidamos democraticamente o que reivindicar e como lutar! Exigindo lutas conjuntas dos nossos sindicatos, sejamos combativos na luta pelos nossos direitos!
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