quinta-feira, 19 de julho de 2007

Armas silenciosas para guerras tranquilas - estratégias de programação da sociedade

1- A estratégia da diversão

Elemento primordial do controlo social, a estratégia da diversão consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e da mutações decididas pelas elites políticas e económicas, graças a um dilúvio contínuo de distracções e informações insignificantes.

"Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por assuntos sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar, voltado para a manjedoura com os outros animais".

2- Criar problemas, depois oferecer soluções

Este método também é denominado "problema-reacção-solução". Primeiro cria-se um problema, uma "situação" destinada a suscitar uma certa reacção do público, a fim de que seja ele próprio a exigir as medidas que se deseja fazê-lo aceitar. Exemplo: deixar desenvolver-se a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público passe a reivindicar leis securitárias em detrimento da liberdade. Ou ainda: criar uma crise económica para fazer como um mal necessário o recuo dos direitos sociais e desmantelamento dos serviços públicos.

3- A estratégia do esbatimento

Para fazer aceitar uma medida inaceitável, basta aplicá-la progressivamente, de forma gradual, ao longo de 10 anos. Desemprego maciço, precariedade, flexibilidade, deslocalizações, salários que já não asseguram um rendimento decente, tantas mudanças que teriam provocado uma revolução se houvessem sido aplicadas brutalmente.

4- A estratégia do diferimento

Outro modo de fazer aceitar uma decisão impopular é apresentá-la como "dolorosa mas necessária", obtendo o acordo do público no presente para uma aplicação no futuro. É sempre mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro porque a dor não será sofrida de repente. Segundo, porque o público tem sempre a tendência de esperar ingenuamente que "tudo irá melhor amanhã" e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Finalmente, porque isto dá tempo ao público para se habituar à ideia da mudança e aceitá-la com resignação quando chegar o momento.

5- Dirigir-se ao público como se fossem crianças pequenas

A maior parte das publicidades destinadas ao grande público utilizam um discurso, argumentos, personagens e um tom particularmente infantilizadores, muitas vezes próximos do debilitante, como se o espectador fosse uma criança pequena ou um débil mental. Quanto mais se procura enganar o espectador, mais se adopta um tom infantilizante.

"Se se dirige a uma pessoa como ela tivesse 12 anos de idade, então, devido à sugestibilidade, ela terá, com uma certa probabilidade, uma resposta ou uma reacção tão destituída de sentido crítico como aquela de uma pessoa de 12 anos".

6- Apelar antes ao emocional do que à reflexão

Apelar ao emocional é uma técnica clássica para fazer curto-circuito à análise racional e, portanto, ao sentido crítico dos indivíduos. Além disso, a utilização do registo emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para ali implantar ideias, desejos, medos, pulsões ou comportamentos...

7- Manter o público na ignorância e no disparate

Actuar de modo a que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para o seu controle e a sua escravidão.

"A qualidade da educação dada às classes inferiores deve ser da espécie mais pobre, de tal modo que o fosso da ignorância que isola as classes inferiores das classes superiores seja e permaneça incompreensível pelas classes inferiores".

8- Encorajar o público a comprazer-se na mediocridade

Encorajar o público a considerar bom o facto de ser idiota, vulgar e inculto...

9- Substituir a revolta pela culpabilidade

Fazer crer ao indivíduo que ele é o único responsável pela sua infelicidade, devido à insuficiência da sua inteligência, das suas capacidades ou dos seus esforços. Assim, ao invés de se revoltar contra o sistema económico, o indivíduo desvaloriza-se e culpabiliza-se, criando um estado depressivo que tem como um dos efeitos a inibição da acção. E sem acção, não há revolução!...

10- Conhecer os indivíduos melhor do que eles se conhecem a si próprios

No decurso dos últimos 50 anos, os progressos fulgurantes da ciência cavaram um fosso crescente entre os conhecimentos do público e aqueles possuídos e utilizados pelas elites dirigentes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o "sistema" chegou a um conhecimento avançado do ser humano, tanto física como psicologicamente. O sistema chegou a conhecer melhor o indivíduo médio do que este se conhece a si próprio, permitindo deter um maior controlo e um maior poder sobre os indivíduos.

Ver Armas silenciosas para guerras tranquilas

10 comentários:

Anónimo disse...

boa materia!!!!

Anónimo disse...

Gente....
Sabe qual é a Solução para tudo isso??? Experiência própria:

VIVER AO NATURAL!!!

Parece idiotice???

Vivo na floresta há um ano, e tenho certeza que estou vivendo os melhores momentos de minha Vida! Sem ser escravo do sistema.

Planto, colho, leio, tomo banho de sol, de cachoeira, não tenho compromissos, nem relógio, faço fogo, ando pelado, minha saúde é de ferro, não uso drogas e tudo é lindo. Na Natureza, posso levar uma vida pura e meramente contemplativa.

Monotonia??? Nunca!!! Tudo por aqui é novo, está sempre se transformando. Preenche o Coração e não o ego e a ilusão.

Se Deus existe, tenho certeza que ele está aqui. Pois foi isso que ele criou. A Natureza.
E não a vida Urbanóide.

Quando vou à cidade, vejo todos os meus antigos colegas envelhecendo, engordando e fazendo sempre as mesmas coisas. Coitados.
Sempre a mesma rotina: Casa-trabalho-compras e ááááás vezes, "lazer".
Lazer esse cheio de momentos vazios e máquinas fotográficas que tentam preencher esses vazios. Os artifícios sedutores do Sistema são inúmeros e muito covardes. Ás vezes, até eu sou seduzido, como agora por exemplo, sentado em frente a um Computador.


Tento alerta-los, sei que é difícil entender, podem me chamar de louco. Mas loucura mesmo é entregar sua vida inteira em nome do "nada". Em nome da satisfação do seu próprio Ego.

Na cidade, praticamente Tudo é sem sentido!!! Tudo!!! Agora consigo enxergar isso com muita clareza.
Pura ilusão.

Acreditem, estão todos anestesiados, e não enxergam a vida plena.
Que pena gente. O tempo está passando e poderíamos juntos construir um verdadeiro Jardim do Éden. E viver felizes para sempre.

Enquanto isso permaneço aqui, com os pés na terra e a mão no coração. Certo de que as parcerias aparecerão na hora certa.

Daqui não saio mais!!! Graças á Deus!!!

Anónimo disse...

Esse amigo, que enviou o e-mail sobre natureza, está certíssimo. Essa vida urbanófila é realmente uma ilusão. Fizeram uma pesquisa, usando o celular como base, e verificaram que o ser humano urbano não sai de um raio de ação limitado, ou seja, mesmo achando que pode ir para qualquer lugar, o homem médio urbano passa sua vida toda circunscrito num círculo limitado. São seus muros invisíveis, muito melhores e eficientes do que qualquer prisão de grades.
Mas para se livrar de tudo isso, é preciso ir fundo, jogar para o alto: celulares, computadores, mp4,mp5, comida industrializada e o raio que os partam...
Eu já me livrei das novelas, do futebol e da fórmula um e, acreditem é ótimo !!!!

juliana disse...

A pior coisa é nao estar mais apatico, ver como o ser humano é mesquinho e pequeno de alma, e nao conseguir sair do sistema.
Mas estou tentando.

Anónimo disse...

Eu na minha opinião sujeria ,criação de um grupo para uma discussões mais complexas sobre essa robotizaçao social que vem sendo enplantada desde de primitivos,no qual surjiram os primeiros sabidinhos manipuladores da história.Essa comunidade dependendo do numeros de pessoas que chegar há ter ,poderá com abaixo assinado vetar leis que visa escrvizar o ser humano.
Exemplo : micro chip que ja vem sendo testado em pessoas .Esse com sertesa será o útimo passo para o ligar e desligar da raça humana.tempos

VillorBlue disse...

POR ESTES E ALGUNS MOTIVOS, A MAIORIA DAS PESSOAS NÃO PERCEBEM QUE ESTÃO SENDO MANIPULADAS, PELA SOCIEDADE DE CONSUMO, PELO SISTEMA CAPITALISTA, POR 50 MILHÕES MANDANDO EM SEIS BILHÕES.
VillorBlue

Anónimo disse...

Só pra registrar.
O texto é de autoria de Noam Chomsky, senão vira plágio.
A questão não é "fugir" para o campo (parnasianismo), mas tomarmos conciência que os meios de comunicação de massa devem ser democratizados e sujeitos a mecanismos de controle público e social (eles se valem de licença concedida pelo poder público), por tudo deve haver um critério social, educativo e público de mensuração do que pode ou não ser veiculado pela midia. Portanto, a libertação dessa manipulação chama-se: Controle social já!!! Abraços

Anónimo disse...

O texto é atribuído a Noam Chomsky mas não é dele. É um texto manhoso, que circula há muito pela internet, que convém ler com muitas reservas. O mundo não é tão simplista!

Anónimo disse...

O texto é uma impostura intelectual:

http://www.legrandsoir.info/A-propos-des-dix-strategies-de-manipulation-de-masses-attribue-a-Noam-Chomsky.html

comidorme disse...

Este texto é realmente uma impostura... mas só para aqueles (como eu conheço e muitos) que preferiam ouvir que algum dos seus filhos foi mortalmente atropelado do que ouvir que o benfica perdeu o campeonato,é realmente uma impostura para quase todo o povo português que se encontra em estado "comatoso" ao ponto deste cabrão deste primeiro ministro lhe estar a arrancar os olhos da cara e os frouxos entorpecidos nem dão por isso, é realmente uma impostura para todos aqueles que aceitam perfeitamente e de bom agrado que, se não preencherem obrigatoriamente o inquérito dos censos, onde têm de responder quantas vezes cagam por dia se não são multados em 3000 e tal euros(eu creio que esta pergunta dos censos que inquire quantas vezes puxamos o autoclismo por dia é apenas para testar até onde nós deixamos que nos explorem e nos rebaixem e nos incomodem sem que nos revoltemos e que protestemos, porque se a suposta ideia desta falsa questão é saber a quantidade de água que gastamos em média por dia nas descargas dos autoclismos,bastaria aos interessados em questionarem-se a eles próprios e logo obteriam a resposta da média de vezes que puxamos o autoclismo,ou se quisessem realmente saber teriam de perguntar também quantos litros de água levam os vários autoclismos das nossas casas e quantas vezes puxamos cada um deles,sob pena de coima dos tais 3000 e tal euros se não o fizermos).Este texto é realmente uma impostura e manhoso para todos aqueles que penso que sejam mais de muitos que nem sequer acabaram de ler o próprio texto.Um bem haja a este blog